Mensagem para o Dindo - 29/05/2011

Estórias das Lindecas

2009

A nossa Lulu é realmente uma figura, sempre fala eu pensia quando quer dizer pensava, pois se diz sabia, fazia, logo pensia... Ontem me contou uma estória para que eu dormisse: -Era uma vez um sapo que virou um pimpe e saponou por uma pimpesa sem saber que ela era uma borboleta.
Outra marca registrada é o suia, para sua e duias para duas. Não é linda?
Agora está muito preocupada com a gripe A, então reza todas as noites: -Anjinho da guarda cuida da família do meu coração para não pegar a gripe do porquinho. Deus deve adorar ouvir isto!
Domingo me disse: -Mamãe você tem razão, este papá é gostoso. Tem razão com dois anos; será que é esperta?
Toda noite rola um amasso da Luísa, são tantos beijos e abraços que acabam com qualquer dia ruim que se possa ter tido. Numa destas noites ela olhou para mim e disse: - Mamãe, você é marivaiosa, eu amo você! Tem algo melhor que isso?

A Bruna me perguntou o que era o espaço sideral, eu disse que não sabia e ela me explicou: -Mamãe, é um lugar grande e escuro onde flutuam umas bolas, como é mesmo o nome? Os planetas, respondi. Isto mesmo. Deve ser muito legal flutuar no espaço sideral, não acha mamãe?
Um dia o Islan desceu do carro para ir ao açougue e eu fiquei com elas. Bubu olhou para fora e disse: -Mamãe, a gente nunca tinha fosto nesta farmácia, ela é nova? Claro, pois se diz posto, visto, logo fosto...; este português é cruel com as crianças, mas assim ficamos com estas lembranças, para sempre, da nossa menininha linda e especial.
Quando voltávamos do pediatra, eu e a Luísa no carro, ela me disse: -Mamãe, eu não queria que você fosse no lerê hoje, vamos passear? Que tal a gente ir no cinema? Ah! Vamos? Eu queria tanto ver tá chovendo pão. Chorei de rir da lindesca, pois ela deu um jeito de me explicar que queria assistir ao filme: Tá chovendo hambúrguer. Ah, já ia me esquecendo, “lerê” vem da novela Escrava Izaura. Lembram-se da música? Lerê, lerê, lerê, lerê, lerê, lerê... E claro que isso nós pegamos da Silvinha, palavra que já se tornou sinônimo de Trabalho, ao menos no nosso vocabulário. Bem, creio que no de todos que convivem com ela. Quem a conhece não duvida, concordam?

By Jocelma.

Bamby - O bichinho de pelúcia insubstituível

17/10/2010
Este último dia das crianças foi realmente especial, principalmente para a Lulu, que está a um mês de completar 4 anos de idade.
Há pouco mais de um ano a Bruna ganhou de uma amiga da escola um bichinho de pelúcia um tanto diferente. Um veadinho branco, com bolinhas coloridas. A paixão foi imediata e, apesar de pertencer à irmã, foi a Lulu quem se apegou mais ao bichinho. Bem, mais ou menos, pois algumas brigas aconteciam frequentemente pela posse do animalzinho, chamado por elas de Bamby.
Recentemente saímos bem cedo de viagem e colocamos as duas ainda dormindo no carro. A Bruna, que tinha dormido abraçada ao Bamby, o manteve agarrado ao corpo enquanto à carregava nos braços. E a Luísa, ao ser colocada na cadeirinha, abriu parcialmente um dos olhos, mais dormindo do que acordada e disse: “Me dá o Bamby”. Horas depois, quando acordou (antes da Bruna, como sempre...), foi direto à procura do bichinho, ainda agarrado à irmã. Cerca de meia hora depois, quando a Bruna acordou, ouvimos da Lulu o seguinte comentário: “Eu peguei o Bamby!”.
Por ser branco e arrastado por todos os lados, o pobre bichinho era lavado semanalmente. Quando no varal, em frente à janela da sala de seus avós, as meninas avistavam o animalzinho durante os intervalos dos desenhos, cuja carinha era sempre lembrada pelo vovô Osvaldo. Inclusive houve grande contribuição dele pelo amor que sentiam pelo bichinho.
Com o passar do tempo, e algumas suturas pelo corpo, o Bamby começou a nos causar preocupação: como substituir o bichinho, que se encontrava já no fim de sua vida útil, e nenhum outro encantava tanto as meninas. A única coisa que me lembro de sua etiqueta, há um bom tempo perdida, é que o Bamby era: Made in Korea. Cheguei inclusive a pesquisar, sem sucesso, por um clone no Google, mas tinha pouca informação para issso. Como também não nos lembrávamos que havia presenteado a Bruna com o bichinho, desistimos.
Então, há uma semana, veio a surpresa. Era noite de segunda-feira (11/10), véspera de feriado, e resolvemos antecipar os presentes. Havíamos saído às 06:00 de Cornélio. A Jô me deixou em Campo Largo pouco depois das 10:00, em um dos meus últimos dias de trabalho na FPT, após 12 anos e mais de 200 mil quilômetros rodados entre uma cidade e outra, mas isso é assunto para outro texto. Havíamos comprado para elas, como muitos outros da família, bichinhos de pelúcia, na tentativa de encontrar substitutos para o Bamby.
Hora de entregar os presentes, e o pacote da Bruna era um pouco maior. Ela abriu e puxou o bicho por uma das orelhas, tratava-se do Dumbo, fofinho como todos os seres do planeta podem imaginar. A Luísa, ao abrir seu pacote, arregalou o olho, perplexa, era sim o Bamby, porém agora o famoso, da Disney. Dias depois percebemos que havíamos acertado no presente, ela já dormia agarrada ano novo bichinho, apesar de ser umas três vezes maior que o anterior.